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******** SILVANA MANGANO, a MUSA de VISCONTI



Conhecida por personagens atormentados, introspectivos e refinados, ela começou como figurante aos 15 anos, em 1945. Nesta época, teve um breve caso com o ainda desconhecido Marcello Mastroianni, depois foi modelo em Paris e, graças a sua beleza escultural, participou do concurso Miss Itália 1947, perdendo o título para a também futura atriz Lucia Bosé. Aos 19 anos, a italiana SILVANA MANGANO conheceu o estrelato no papel de uma camponesa em Arroz Amargo. O filme fez muito sucesso e ela se tornou um  símbolo sexual internacional, principalmente por suas fabulosas pernas. No set conheceu o seu futuro marido, o lendário produtor cinematográfico Dino De Laurentiis. 

Os críticos norte-americanos a comparavam a Rita Hayworth e recebeu inúmeras propostas para seguir carreira em Hollywood, mas Silvana recusou. De personalidade bastante reservada, foi definida pelo diretor Alberto Lattuada, que a dirigiu mais de uma vez, como uma mulher cuja beleza é um resumo de classicismo e modernidade. Uma imagem na qual há toda a essência da grande pintura do século XV, mas que também poderia servir de modelo para os mestres modernos.

Ela trabalhou com nomes importantes do cinema italiano: Vittorio De Sica, Pier Paolo Pasolini, Luchino Visconti, Mario Monicelli, Mauro Bolognini etc. Sua parceria com Visconti marcou época. Juntos fizeram “As Bruxas” (1967), “Morte em Veneza” (1971), “Ludwig, a Paixão de um Rei” (1972) e “Violência e Paixão” (1974). Na categoria de melhor atriz, ganhou várias vezes os dois prêmios mais importantes do cinema italiano: o David di Donatello e o Nastro d’Argento. Longe do seu país, estrelou os épicos “Ulisses” (1954) e Barrabás” (1961), “Terra Cruel” (1958) e “Cinco Mulheres Marcadas” (1960). 

Depressiva, sofria de constante insônia, isolando-se de todos nos seus últimos anos de vida. Morreu vítima de câncer no pulmão em 1989, aos 59 anos, deixando na memória do público o retrato de uma diva incontestável e intérprete respeitada. Seu derradeiro filme foi o delicado “Olhos Negros” (1987), de Nikita Mikhalkov, baseado em conto de Anton Tchecov, no qual faz uma aristocrata riquíssima casada com Marcello Mastroianni.

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